Carlos Rocha
Nesta quarta-feira o Sintufpi faz uma assembléia para decidir se a categoria entra ou não em mais uma greve. O que chama a atenção não é isso já que a vontade de fazer uma greve está estampada na cara da diretoria da entidade, mas sim os motivos da "Carta aberta à comunidade universitária e sociedade piauiense" que o Sintufpi espalhou nesta terça.
É somente um dos textos mais bizarros que eu já li. Vai de greve no Ibama até a transferência do Instituto de Doenças Tropicais Nathan Portela (HDIC) para o Hospital Universitário. Sem nenhuma brincadeira: a única reivindicação que passa perto de um tema educacional são os Hospitais Universitários, mas ainda assim o assunto é tratado apenas pelo viés administrativo. Na visão da tal carta os hospitais seriam apenas para "a politicagem e o favorecimento às grandes operadoras de saúde".
Há outras "viagens" como a menção ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e a menção a emenda 3 que regulamenta a vida dos prestadores de serviços entre outras coisas. Como não podia deixar de ser também tem a revindicação corporativista de não regulamentação do direito de greve. Para eles a greve não são férias, são apenas períodos que o servidor recebe sem trabalhar.
Quem tiver acesso à "Carta", observe e tire as próprias conclusões, mas uma coisa eu digo com as duas greves que passei; uma inclusive a maior da história da UFPI: A greve é a benção de hoje, mas é a praga de amanhã ou do final do curso.